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O MPC não é uma instituição. É apenas um "movimento" que promove entre os padres casados, suas esposas e filhos,
a espontaneidade, liberdade de ação e carater pluralista. Tem três objetivos:
1- APOIO MÚTUO ENTRE SEUS MEMBROS;
2- DIÁLOGO COM A HIERARQUIA CATÓLICA;
3- SERVIÇO ÀS COMUNIDADES.
A Associação RUMOS é o braço jurídico do MPC, seu orgão executivo a nível nacional.
A VIDA DO MOVIMENTO DAS FAMÍLIAS DOS PADRES CASADOS NO CEARÁ
1. O MFPC no Ceará tem uma coordenação formada de três casais: Um casal presidente (Geraldo e Claudete), outro, secretário (atualmente: Carlos, filho e Rosa, viúva) e outro, tesoureiro (Aroldo e Margarida). Essa equipe é eleita pelo grupo, tem dois anos de mandato, podendo ser reeleita.
2. Realizamos um encontro mensal, sempre na casa de um casal ou viúva. O anfitrião sempre faz a acolhida e, no fim, oferece um lanche.
3. Nesse encontro mensal fazemos uma partilha de R$ 10,00 (dez reais), que cobre as despesas mais comuns, sobretudo a Confraternização do Natal. Temos ajudado colegas necessitados. Há uma Conta Corrente sob a responsabilidade do Tesoureiro, que sempre nos presta conta.
4. O secretário escreve uma carta mensal aos colegas lembrando do encontro do mês, o tema e o local. Nesta carta lembra, ainda, os aniversariantes do mês, incluindo filhos e netos.
5. Esses encontros seguem um calendário anual, sempre combinado no primeiro encontro do ano, quando se marca a data e a casa do colega onde haverá o encontro.
6. Em geral os encontros têm um tema específico, tema esse conduzido ou provocado por um dos colegas. Por vezes, convidamos um assessor. Por exemplo: Campanha da Fraternidade de cada ano.
7. Na época da Páscoa, do Advento e do Natal realizamos encontros específicos. A Páscoa e o Advento são celebrados no Mosteiro de São Bento. A missa é cantada pelo coral do MFPC. O prior do Mosteiro costuma convidar um padre casado para fazer a homilia. Comungamos todos no altar. Há a cada ano a confraternização de Natal na casa de algum colega.
8. Desde o ano passado, 2011, passaram a se reunir em grupos específicos os jovens filhos de padres casados e as viúvas. Não é mensal, cada grupo faz seu calendário.
9. Tanto as viúvas quanto os jovens são, também, convidados a participarem do encontro mensal. Alguns sempre participam.
10. Este ano, 2012, participamos de um Programa de TV, na TV Diário, onde nos perguntavam como é a vida do padre casado. Quatro casais participaram.
11. Quando falece algum colega, geralmente o secretário nos comunica pela internet e os que podem vão ao velório e missas pós-morte, sobretudo, 7º e 30º dia.
12. Para a preparação deste XIX Encontro Nacional fizemos uma caminhada de dois anos. Várias equipes foram formadas e nos encontros mensais debatíamos um texto indicado e orientado pela equipe temática.
É assim que caminha o MFPC no Ceará.
Obrigado, Geraldo e Claudete, casal Coordenador.
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Prezado Padre Anthony Musaala, irmão no sacerdócio e em Cristo,
Nós, o Movimento das Famílias dos Padres Casados (MFPC) – Ceará (Brasil), nos dirigimos a você, Padre Anthony Musaala, para apresentar-lhe nosso apoio em razão da suspensão, ferendae sententiae (Direito Canônico, n.º 1314), lhe imposta pelo arcebispo de Kampala, Dom Cyprian Kizito Lwanga, em consequência de sua franqueza e pedido de diálogo acerca de questões ligadas ao celibato obrigatório e das suas consequencias.Aceite o abraço fraterno dos seus irmãos e suas irmãs, na certeza de que sempre estaremos unidos no nosso sacerdócio comum, fazendo de nós uma comunidade que deseja caminhar, como Abraão, rumo a novas terras, porque as antigas já foram lavradas exaustivamente, apresentando-se cansadas e pouco produtivas. Concordamos com as suas observações a cerca da obrigatoriedade do celibato. Lembramos que esta mesma reflexão já foi sugerida ao Papa João Paulo II, através da intervenção direta de Aloísio Cardeal Lorscheider, quando da visita do Papa a Fortaleza (Brasil) em julho de 1980[1]. A resposta foi um ensurdecedor silêncio. Quanto a sua atitude, Padre Musaala, soubemos que ela foi considerada perturbadora, “despertando o ódio e o desprezo contra a Igreja”, impedindo-lhe o exercício do sacerdócio. Ou seja, desde 1980, isto é, em 33 anos, nada mudou, passo algum foi feito e a “janela aberta” da Igreja, tão sonhada pelo Papa João XXIII, ao conclamar o Concílio Vaticano II, não se concretizou, impedindo que “a primavera” invadisse a Igreja. Ficamos felizes com suas sabias palavras, quando diz que “é necessária uma campanha de sensibilização pelo celibato opcional, já que não há argumentos teológicos, mas apenas as restrições de tradição e da disciplina da Igreja”. Se somente no Brasil há, ao menos, 8.000 padres casados, a sua proposta por uma “sensibilização” acerca da questão da obrigatoriedade do celibato parece-nos mais do que sadia, necessária, além de urgente.D esejamos unir-nos a você na construção de uma Igreja que se apresente como serviço ao mundo, a fim de gerar vida. Desejamos viver uma Igreja que coloque em prática a palavra do apóstolo Paulo, quando este diz: “Confessando a verdade no amor, cresceremos sob todos os aspectos em direção àquele que é a cabeça, Cristo.” (Efésios 4, 15). Ou seja: Cristo e sua verdade aparecerão se sentarmos à mesa para o diálogo e, depois, para a partilha do pão, juntos, que nem os discípulos de Emaús c om o Ressuscitado (cf. Lucas 24, 30-32).
Colocamo-nos ao seu dispor e estamos unidos em oração e ação.
Brasil - Fortaleza, abril de 2013 Nosso abraço fraterno, Em nome dos membros do MFPC-Ceará, Brasil
[1] Documento dos padres casados, apresentado ao Papa João Paulo II durante o X Congresso Eucarístico Nacional, Fortaleza, julho de 1980.
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